segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Questão sobre a acentuação na língua gestual portuguesa

Olá mais uma vez! :)

Ontem chegou-me ainda esta questão, sobre como fazer a acentuação de uma palavra através da língua gestual portuguesa. Aqui fica a questão que me foi colocada e a minha resposta:


Monalisa, uma curiosidade minha; A acentuação é ignorada na linguagem gestual? ou fazem diferenciação?

Na língua gestual portuguesa ("linguagem gestual" é um termo incorrecto e ofensivo para os Surdos), quando nos deparamos com nomes próprios, vocabulário técnico para o qual não exista gesto, etc... e tivermos que soletrar essa palavra através da dactilologia (alfabeto manual), se essa palavra tiver algum tipo de acentuação, desenhamos a forma do acento (~, ^, ´, ` ) com o indicador a seguir à letra acentuada.

Questão sobre a cadeira de 'Língua Estrangeira' no curso de Tradução e Interpretação de LGP

A lingua estrangeira que se necessita para este curo é mesmo necessario ser Ingles? ou é possivel ter outra?

Quando entrei para este curso, em 2004, a única língua estrangeira que a ESE Porto disponibilizava para os alunos de Trad. e Int. de LGP era somente o Inglês.

Algumas colegas minhas, por terem mais fluência e competências em Francês do que em Inglês exerceram alguma pressão junto da coordenadora de curso e da ESE Porto, pedindo que existisse a opção de Francês como língua estrangeira.

Esse pedido foi aceite e os alunos puderam optar entre Inglês e Francês, pelo que, na carga horária dessa cadeira, a turma estava naturalmente dividida, com alguns alunos a ter aula de inglês e outros a ter aula de francês consoante a opção escolhida.

Isto, nos anos em que lá estudei. Entretanto, algumas mudanças aconteceram (antes de Bolonha, a cadeira de língua estrangeira era anual, e decorria durante 2 dos 3 anos do curso e actualmente, pelo que sei, essa cadeira é semestral e opcional, pelo menos no Porto.)

Para além das informações que aqui escrevi (e que se referem à minha experiência pessoal como ex-aluna desse curso, na ESE Porto), o melhor será contactar a instituição de ensino ou a coordenadora de curso para saber qual a situação actual dessa cadeira e se ainda existe a opção de francês, como quando lá estudei.

Isto, claro, falando da ESE Porto. Quanto às outras instituições que também disponibilizam este curso, não tenho conhecimento para poder dizer se a língua estrangeira disponibilizada é apenas inglês ou existe uma alternativa. Como disse, o melhor será contactar a instituição, que melhor poderá informar.

Questão sobre as saídas profissionais do curso de Língua Gestual Portuguesa

Bom dia! :)

Após mais de 1 mês sem actualizar este blog (férias... ;) ), regresso com as respostas a algumas perguntas que me foram colocadas através do formspring.me, sobre língua gestual portuguesa, e que posto aqui, pois essa dúvida que me chegou pode ser também a dúvida de mais alguém que também visite o blog.
Esta pergunta que me chegou, refere-se às saídas profissionais do curso de Língua Gestual Portuguesa. Aqui fica a questão que me foi colocada e a minha resposta:


Boa noite, Tenho bacharelato em acção social. Que saídas profisionais poderia ter com o curso de lingua Gestual Portuguesa? Obrigada, Dora

Boa tarde .

Não percebi bem se se estava a referir ao curso de LGP a nível de ensino superior ou a uma formação de LGP numa associação de Surdos.

A nível de ensino superior há que diferenciar entre o curso de Tradução e Interpretação de Língua Gestual Portuguesa, na Escola Superior de Educação (ESE) do Porto e o curso de Língua Gestual Portuguesa pela ESE de Coimbra e Setúbal.

Na 1ª situação, o curso de Tradução e Interpretação de LGP confere habilitação para exercer a actividade profissional de intérprete de LGP em escolas, tribunais, autarquias, hospitais, televisão, e associações de surdos.
Pela minha experiência posso adiantar que a maioria do mercado de trabalho para uma intérprete de LGP em Portugal encontra-se no contexto escolar.

Na ESE de Setúbal, de há uns anos para cá que o curso lá disponibilizado se intitulava ‘Tradução e Interpretação de LGP’, conferindo habilitação para intérprete de LGP e portanto, as mesmas saídas profissionais do curso da ESE do Porto.

Recentemente, a ESE de Setúbal abriu o curso de ‘Língua Gestual Portuguesa’ em horário pós-laboral, conferindo habilitação para a docência de LGP nas escolas de referência de ensino bilingue de alunos Surdos.

Em relação ao curso de LGP da ESE de Coimbra, durante o curso, os alunos têm que optar ou pelo ramo da interpretação ou pelo ramo da docência.

Dependendo da vertente pela qual optarem, poderão seguir a saída profissional ou de intérprete de LGP (em escolas, tribunais, associações de surdos, tv, etc.) ou docente de LGP (em escolas).

Se se estava a referir a uma formação que tenha feito numa associação de Surdos ou centro de formação, essas formações não conferem habilitação para exercer a profissão de intérprete de LGP nem formadora de LGP, apenas conferirá uma mais –valia na sua actividade profissional, pois é sempre positivo em qualquer área profissional ter conhecimentos, nem que seja básicos, de LGP.